O judô surgiu na cidade de Nilo Peçanha através do padre Neivado Carvalho enquanto estava padre da paroquia Senhor do Bonfim na década dos anos 90. Como é de costumes, os padre são designados a outras paroquias e o futuro do judô desta cidade se comprometeu ao logo dos anos.

Em 2006 restaram por volta de 04 praticantes ativos na modalidade, consequência de diversos fatores, um deles a falta de apoio. Entre esses que restaram, estava o jovem Jose Antônio da Conceição Santos, mas conhecido como Zezinho, que mesmo diante das dificuldades nunca pensou em desistir. Junto ao seu colega de treino Bruno Silva, buscaram reforço de treino na cidade de Taperoá-Ba desde do ano de 2003 aos seus 16 (dezesseis) anos de idade, o qual percorriam 8km quatro dias por semana correndo, afim de não parar a pratica da modalidade dando continuidade da evolução.

No ano de 2007 o jovem Zezinho pediu permissão ao seus superiores e professores da cidade: Cassio Murilo e Gil Marcos, para montar uma turma de criança para dar aula de judô sobre à supervisão dos mesmo e utilizar o dojô que estava sem utilização no atual período citado. Os mesmo permitiram, o que levou a descobrir o amor que tinha por ensinar.

Com o seu belo trabalho voluntário foi conquistando a confiança de todos, chegando ao final de 2007 com 17 alunos e contratado pela prefeitura de Nilo Peçanha, como professor de judô na Casada Criança e do Adolescente. Relatou Zezinho que “passou por algumas dificuldades; deixava de ir ao seu trabalho (bico) o qual adquiria dinheiro, no intuito de realizar suas aulas, pois se sentia feliz em ver os alunos aprenderem. Tinha como maior objetivo fazer a inclusão das crianças e adolescentes, porém atendia todo o público como; jovens e adultos que se identificasse com a modalidade.

Ainda no final de 2007 percebeu que seus alunos estavam apresentando boas condições técnicas para participar de campeonatos, então, filiou os mesmos através da academia GALPÃO DE ARTE que era a respectiva academia de Taperoá filiada à Federação Baiana de Judô, representada pelo sensei Jackson Ferreira. Tinha como visão que seus atletas adquirirem experiências competitivas, e, finalizou o ano participando de 04 (quatro) campeonatos conquistando 36 (trinta e seis) medalhas. Com a visão empreendedora que sempre teve o jovem pensou em se organizar, mobilizando e sensibilizando parceiros e adeptos da modalidade local a criar uma Associação de Judô no município, para que além de beneficiar e facilitar os trabalhos com seus alunos, pudessem participar dos devidos campeonatos realizados pelo calendário da FEBAJU – Federação Baiana de Judô e CBJ – Confederação Brasileira de Judô, e assim contribuir com o desenvolvimento de seu município através do esporte na formação de pessoas de bem.

A caminhada foi longa, mais em 10 de janeiro de 2008 a ANJU’S passa a existir e em 01 de abril de 2008 passa a ter registro no Cartório Civil de Pessoa Jurídica. Depois passou por um processo de arrecadação nos comércios, o qual foi uma base importante na aquisição da quantia para a filiação da ANJU’S na FEBAJU. Os anos se passaram e hoje a ANJU’S se estendeu pra outras cidades, desenvolvendo um trabalho denominado por polos. Tem algumas dezenas de faixas pretas formados e muitos frutos surgiram e continuam surgindo. Muitas das coisas que foram pensando por seu idealizado prof. Zezinho no passado estão se concretizando hoje. Agora é esperar as novas gerações enriquecer seu conhecimento sobre a arte marcial e fazer o trabalho de expansão da ANJU’S.